A TUTELA DE SITUAÇÕES JURÍDICAS COLETIVAS NO DIREITO BRASILEIRO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE AS AÇÕES COLETIVAS E O INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS INSTITUÍDO PELO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Resumo
Por meio de pesquisa da legislação nacional, da literatura jurídica e da jurisprudência, assim como da metodologia participante para a interpretação do fenômeno jurídico e normativo, este trabalho examina a tutela de situações jurídicas coletivas no direito processual brasileiro. O objetivo precípuo do estudo consistiu em cotejar as ações coletivas e o incidente de resolução de demandas repetitivas, instituído pelo novo Código de Processo Civil. Constatou-se que, embora guardam alguns aspectos processuais comuns, o que mais releva são suas diferenças, especialmente pela gravidade de suas repercussões. Concluiu-se que devem prevalecer as ações coletivas como instrumento processual para a tutela jurisdicional de direitos metaindividuais.Referências
BRASIL. Congresso Nacional. Senado Federal. Comissão de Juristas Responsável pela Elaboração de Anteprojeto de Código de Processo Civil. Código de Processo Civil: anteprojeto. Brasília: Senado Federal, Presidência, 2010.
CABRAL, Antonio do Passo. A escolha da causa-piloto nos incidentes de resolu-ção de processos repetitivos. Revista de Processo, São Paulo, Revista dos Tribu-nais, v. 39, n. 231, p. 201-223, maio 2014.
CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Access to justice: the worldwide movement to make rights effective: a general report. In: CAPPELLETTI, Mauro (Ed.). Access to justice. Alphen aan den Rijn: Sijthoff & Noordhoff; Milan: Giuffrè, 1978. v. I.
DINAMARCO, Cândido Rangel. A instrumentalidade do processo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987.
DINAMARCO, Cândido Rangel. Liebman e a cultura processual brasileira. In: YARSHELL, Flávio Luiz; MORAES, Mauricio Zanoide (Orgs.). Estudos em ho-menagem à professora Ada Pellegrini Grinover. São Paulo: DPJ, 2005.
DINAMARCO, Cândido Rangel. A reforma do Código de Processo Civil. 3.ed. São Paulo: Malheiros, 1996.
DIAS, Handel Martins. Condicionamento histórico do processo civil brasileiro: o legado do direito lusitano. 2014. 387p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.
DIAS, Handel Martins. La transformación de los recursos de género extraordina-rio en el derecho procesal brasileño. Revista del Instituto Colombiano de Derecho Procesal, Bogotá, Instituto Colombiano de Derecho Procesal, v. 44, p. 223-249, jul.-dec. 2016.
DIDIER JÚNIOR, Fredie Souza; ZANETI JÚNIOR, Hermes. Ações coletivas e o incidente de julgamento de casos repetitivos - espécies de processo coletivo no direito brasileiro: aproximações e distinções. Revista de Processo, São Paulo, Re-vista dos Tribunais, v. 41, n. 256, p. 209-218, jun. 2016.
FREYRE, Gilberto. Interpretação do Brasil: aspectos da formação social brasileira como processo de amalgamento de raças e culturas. Lisboa: Livros do Brasil, 1951.
GOMES NETO, José Mário Wanderley. O acesso à justiça em Mauro Cappelletti: análise teórica desta concepção como ‘movimento’ de transformação das estru-turas do processo civil brasileiro. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2005.
JOÃO, Alexandre Lipp. Incidente de resolução de demandas repetitivas. In: SILVA, Cláudio Barros; BRASIL, Luciano de Faria (Orgs.). Reflexões sobre o novo Código de Processo Civil. 2.ed. Porto Alegre: Livraria dos Advogado, 2016. p. 431-450.
MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Jurisdição coletiva e coisa julgada: teoria geral das ações coletivas. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Ações coletivas na Constituição Federal. Revis-ta de Processo, São Paulo, Revista dos Tribunais, v. 16, n. 61, p. 187-200, jan. 1991.
SILVA, Ovídio Araújo Baptista da. Processo e ideologia: o paradigma racionalis-ta. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
ZAWASCKI, Teoria Albino. Processo coletivo: tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de direitos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution [6 meses] após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) somente seis meses após a efetiva publicação na Revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).