PERSPECTIVAS DO USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA A PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE/PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA LEGAL

PERSPECTIVAS DO USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA A PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE/PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA LEGAL

Autores

  • Mônica Tassigny Universidade de Fortaleza - Unifor
  • Cezar Luiz Bandiera Universidade de Fortaleza - Unifor

Resumo

Amazônia Legal é uma área que engloba nove Estados brasileiros pertencentes à Bacia amazônica na qual ocorrem as vegetações amazônicas. Com base em análises estruturais e conjunturais, o governo brasileiro, reunindo regiões de idênticos problemas econômicos, políticos e sociais, com o intuito de melhor planejar o desenvolvimento social e econômico da região amazônica, em outras palavras, promover um desenvolvimento sustentável, instituiu o conceito de Amazônia Legal, o que equivale a dizer, primordialmente, manter a floresta viva e em pé. A atual área de abrangência da Amazônia Legal corresponde à totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte dos estados do Mato Grosso, Maranhão (a oeste do meridiano de 44º de longitude oeste) e Goiás, perfazendo uma superfície de, aproximadamente, 5.217.423 km², correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. Sua população, entretanto, condiz a 12,32% do total de habitantes do Brasil, o que corresponde a uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes no lado brasileiro. Ocorre que, ainda hoje, nesta porção do território nacional, denominada de Amazônia Legal, verifica-se a existência de precárias condições de controle de ocupação humana, da vasta extensão das terras desabitadas, com extraordinário potencial florestal, mineral e hidrológico, ainda escassas, precárias e desconexas políticas públicas a evidenciar o caráter não prioritário do efetivo controle territorial da Amazônia Legal, a par da histórica carência de recursos destinados às práticas científicas. A ausência de controle efetivo sobre a Amazônia Legal acaba deixando a região vulnerável tanto à exploração predatória, como à implementação de sistemas econômicos escusos ao desenvolvimento da região, sobretudo em relação às populações tradicionais que lá habitam. Portanto, este artigo pretende caracterizar, por meio de pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, de fontes bibliográfica e documental, com base no exame de algumas prerrogativas e Órgãos Federais, a promoção de sustentabilidade como resultado, afirma-se, só será possível correlacionada a mecanismos de controle territorial quanto à ocupação humana, exploração agroflorestal e hídrica, com o estabelecimento de políticas públicas integradas, nas quais seja priorizada a utilização de satélites próprios nacionais, em razão da relevância econômica, social e estratégica da Amazônia Legal para a nação brasileira.

Biografia do Autor

Mônica Tassigny, Universidade de Fortaleza - Unifor

Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1994), doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (2002) e doutorado sanduíche em Sócio-Economie du développement - Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris (2002). Atualmente, é professora titular da Universidade de Fortaleza, colaboradora da Pós-Graduação de Direito da Universidade de Fortaleza e titular do Programa de Pós-Graduação Administração da Universidade de Fortaleza

Cezar Luiz Bandiera, Universidade de Fortaleza - Unifor

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1977). Doutorando em Direito Constitucional (DINTER), Universidade de Fortaleza/CIESA. Exerceu o cargo de Advogado no Projeto Fundiário Humaitá do INCRA (1980). Foi aprovado para o cargo de Juiz Substituto da Capital do Estado do Amazonas (1983). Foi condecorado com o Título "Cidadão do Município de Parintins" pelo Governo Municipal de Parintins (1984). Iniciou a utilização de Informática no Poder Judiciário do Estado do Amazonas (1985). Iniciou os Trabalhos de Informatização da Folha de Pagamento do Poder Judiciário do Amazonas e o Trabalho de Informatização do 2º grau de jurisdição, iniciando pela Distribuição Processual (1986). Atuou como Juiz de Direito nas Comarcas de Parintins, Manacapuru e Benjamin Constant (1986). Atuou como Juiz Corregedor Auxiliar na Corregedoria Geral da Justiça do Amazonas. Juiz Eleitoral nas Zonas Eleitorais dos Municípios de Parintins, Benjamin Constant e da 32a. Zona Eleitoral, em Manaus (1986). Atuou como Juiz Membro do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Amazonas (1990). Foi nomeado Secretário de Estado da Administração do Amazonas (1994). Assumiu a 4a. Vara da Fazenda Pública Municipal (2004), hoje, 2a. Vara da Fazenda Pública Municipal de Manaus, onde atua até a presente data, no Fórum Henoch Reis, Manaus/AM. Foi nomeado Juiz da 58a. Zona Eleitoral de Manaus (2012). Foi nomeado Juiz Auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça-DF (2014). Foi condecorado com o Título de "Cidadão do Estado do Amazonas pelo Governo do Estado (2016). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Processual Civil, Direito Processual Administrativo e Direito Constitucional. 

Referências

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Publicado

09-10-2019

Como Citar

TASSIGNY, M.; BANDIERA, C. L. PERSPECTIVAS DO USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA A PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE/PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA LEGAL. Revista da AJURIS - QUALIS A2, [S. l.], v. 46, n. 146, p. 353–378, 2019. Disponível em: https://revistadaajuris.ajuris.org.br/index.php/REVAJURIS/article/view/989. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

DOUTRINA NACIONAL
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