A CONSTITUIÇÃO DE 1988 SOB O VIÉS DA LINGUAGEM: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DO DISCURSO DOS MÉTODOS HERMENÊUTICOS CONSTITUCIONAIS

A CONSTITUIÇÃO DE 1988 SOB O VIÉS DA LINGUAGEM: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DO DISCURSO DOS MÉTODOS HERMENÊUTICOS CONSTITUCIONAIS

Autores

  • Tiago Berchior Cargnin Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA)

Resumo

O presente artigo objetiva analisar os métodos hermenêuticos constitucionais sob o aspecto da linguagem, considerando que esta ciência é formada por um sistema de signos. Pretende-se, para isso, estudar a ciência jurídica de acordo com os ensinamentos da ciência da Semiótica. No intuito de trazer uma das soluções para a problemática do Direito Positivo (que mantém uma estrutura rígida a ponto de ter dificuldades de dar conta de todas as relações sociais instauradas sob os ditames da sociedade pós-moderna), o que alguns autores consideram como “crise do Direito”, observam-se os avanços dos estudos analíticos da linguagem, da comunicação e do sentido. Ao visualizar a ciência do Direito sob a ótica da linguagem, pretende-se potencializá-la, dando a ela condições para dialogar com a contemporaneidade. A fim de que esse objetivo se concretize, pretende-se apresentar as principais vertentes das teorias semióticas no globo e, com elas, fazer uma projeção dos benefícios que esses elementos podem agregar à ciência positivista jurídica, bem como a formação do processo hermenêutico constitucional.

Biografia do Autor

Tiago Berchior Cargnin, Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA)

Professor da União das Escolas Superiores de Rondônia (UNIRON) Assessor jurídico do Ministério Público do Estado de Rondônia Especialista em Direito Constitucional pela Universidade Anhanguera - Uniderp Bacharel em Direito pela UNICURITIBA Bacharel em Comunicação Social pela PUC-PR

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Publicado

17-01-2018

Como Citar

CARGNIN, T. B. A CONSTITUIÇÃO DE 1988 SOB O VIÉS DA LINGUAGEM: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DO DISCURSO DOS MÉTODOS HERMENÊUTICOS CONSTITUCIONAIS. Revista da AJURIS - QUALIS A2, [S. l.], v. 44, n. 143, p. 405–426, 2018. Disponível em: https://revistadaajuris.ajuris.org.br/index.php/REVAJURIS/article/view/812. Acesso em: 10 dez. 2024.

Edição

Seção

DOUTRINA NACIONAL
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