A REMUNERAÇÃO DOS MEDIADORES E CONCILIADORES JUDICIAIS NO ÂMBITO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Resumo
COMPENSATION OF JUDICIAL MEDIATORS AND CONCILIATORS WITHIN THE COURT OF JUSTICE OF THE STATE OF RIO GRANDE DO SUL
ÁREA(S): direito processual civil.
RESUMO: Os métodos autocompositivos, como a mediação e a conciliação, já estão consolidados enquanto métodos adequados de solução de conflitos. Em razão de o Código de Processo Civil ter atribuído a condição de auxiliares da justiça aos mediadores e conciliadores judiciais, é imperioso que seja reconhecida a profissionalização deles, que já não atuam em caráter meramente voluntário, como o faziam na época da edição da Resolução nº 125 do CNJ (29 de novembro de 2010), que regulamentou a atividade no âmbito do Poder Judiciário. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é discorrer sobre a formação dos profissionais operadores da política pública de autocomposição e discutir a remuneração deles, analisando diferentes parâmetros propostos pelo Conselho Nacional de Justiça e os adotados no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Objetivo: discutir a formação e remuneração dos mediadores e conciliadores judiciais que atuam no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: trata-se de pesquisa bibliográfica e documental das resoluções do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e do Conselho Nacional de Justiça.
ABSTRACT: Autocompositive methods, such as mediation and conciliation, are consolidated as adequate methods of conflict resolution. The Code of Civil Procedure assigned the condition of judicial assistants to judicial mediators and conciliators, thus it is imperative to recognize them as a profession, who no longer act on a merely voluntary basis, as they did at the enactment of Resolution 125 of the National Council of Justice (October 29th, 2010), which regulated the activity within the scope of the Judiciary. In this direction, this paper aims to discuss the training of professionals that operate the public policy of conflict resolutions and their compensation by analyzing different parameters proposed by the National Council of Justice and those adopted by the Court of Justice of the State of Rio Grande do Sul. Objective: Discuss the training and remuneration of judicial mediators and conciliators who work within the scope of the Court of Justice of the State of Rio Grande do Sul. Metodology: This is a bibliographical and documentary research of the resolutions of the Court of Justice of the State of Rio Grande do Sul and the National Council of Justice.
PALAVRAS-CHAVE: Poder Judiciário; autocomposição; métodos de resolução de conflitos; mediação; conciliação.
KEYWORDS: Judiciary; autocomposition; methods of settling conflicts; mediation; conciliation.
SUMÁRIO: Introdução; 1 Métodos autocompositivos judiciais: histórico e legislação; 2 Formação e remuneração dos mediadores e conciliadores judiciais; Conclusão; Referências.
SUMMARY: Introduction; 1 Judicial autocompositive methods: history and legislation; 2 Training and remuneration of mediators and judicial conciliators; Conclusion; References.
Referências
BRASIL. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Brasília, Presidência da República, 1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm. Acesso em: 4 abr. 2023.
BRASIL. Lei nº 12.153, de 22 de dezembro de 2009. Dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. Brasília, Presidência da República, 1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12153.htm. Acesso em: 22 ago. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Resolução ENFAM nº 6, de 21 de novembro de 2016. Estabelece os procedimentos de reconhecimento de escolas ou instituições para a realização de cursos de formação de mediadores judiciais. Brasília, 2016. Disponível em: https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/106319/Res_6_2016_enfam_Atualizado.pdf. Acesso em: 18 ago. 2021.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Cadastro Nacional de Mediadores Judiciais e Conciliadores (CCMJ). Brasília, 2023. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao-e-mediacao/perguntas-frequentes-7/cadastro-nacional-de-mediadores-judiciais-e-conciliadores-ccmj/. Acesso em: 18 mar. 2023.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). 100 Maiores Litigantes – 2012. Brasília, 2012. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/21877-orgaos-federais-e-estaduais-lideram-100-maiores-litigantes-da-justica. Acesso em: 16 abr. 2023.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Guia de utilização do Conciliajud. Brasília, 2020. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/06/Guia-de-utilizacao-do-ConciliaJud_2020-06-05.pdf. Acesso em: 16 abr. 2023.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Justiça em números 2020. Brasília, 2020. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf. Acesso em: 8 ago. 2021.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Justiça em números 2022. Brasília, 2022. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2022/09/justica-em-numeros-2022-1.pdf. Acesso em: 16 mar. 2023.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Manual de mediação judicial. Brasília, 2016. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2015/06/f247f5ce60df2774c59d6e2dddbfec54.pdf. Acesso em: 16 abr. 2023.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Regulamento das ações de capacitação e do banco de dados da Política de tratamento adequado de conflitos. Brasília, 2020. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/06/REGULAMENTO-DAS-A%C3%87%C3%95ES-DE-CAPACITA%C3%87%C3%83O-E-DO-BANCO-DE-DADOS-DA-POL%C3%8DTICA-DE-TRATAMENTO-ADEQUADO-DE-CONFLITOS.pdf. Acesso em: 3 abr. 2023.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Resolução nº 125, de 29.11.2010. Dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/156. Acesso em: 20 mar. 2023.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (Brasil). Resolução nº 271, de 11.12.2018. Fixa parâmetros de remuneração a ser paga aos conciliadores e mediadores judiciais, nos termos do disposto no art. 169 do Código de Processo Civil – Lei nº 13.105/2015 – e no art. 13 da Lei de Mediação – Lei nº 13.140/2015. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2780. Acesso em: 16 abr. 2023.
COTA, S. P.; NUNES, L. S. Medidas estruturais no ordenamento jurídico brasileiro: os problemas da rigidez do pedido na judicialização dos conflitos de interesse público. Revista de Informação Legislativa, Brasília, v. 55, n. 217, p. 243-255, jan./mar. 2018. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/55/217/ril_v55_n217_p243.pdf. Acesso em: 7 maio 2023, p. 244.
ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE MAGISTRADOS (Brasil). Regimento interno. Brasília, 2016. Disponível em: https://www.enfam.jus.br/wp-content/uploads/2016/06/Regimento-interno_miolo_portal.pdf. Acesso em: 18 ago. 2021.
JOBIM, M. F. Medidas estruturantes: da Suprema Corte Estadunidense ao Supremo Tribunal Federal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013.
TÓPICOS sobre o eficientismo penal. Portal Jurídico Investidura, Florianópolis, 28 jun. 2008. Disponível em: investidura.com.br/biblioteca-juridica/resumos/criminologia/273-eficientismo-resumo. Acesso em: 25 dez. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution [6 meses] após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) somente seis meses após a efetiva publicação na Revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).