O JUIZ E A EMOÇÃO NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Abstract
O presente artigo objetiva contribuir para o debate sobre o uso das Inteligências Artificiais na elaboração de decisões judiciais no Brasil e nos limites que essa utilização pode oferecer ao acesso à justiça. Parte da leitura do livro O Juiz e a Emoção, de Lídia Reis de Almeida Prado, para a investigação da importância dos aspectos psicológicos do juiz na atividade jurisdicional. Prossegue na investigação das atividades desempenhadas por duas das principais Inteligências Artificiais hoje disponíveis aos magistrados brasileiros (o Assistente Digital do Magistrado e o VICTOR). Com esses pressupostos, formula questionamentos preliminares sobre as possíveis consequências do uso das Inteligências Artificiais nos Tribunais brasileiros quanto a celeridade, objetividade, imparcialidade, previsibilidade, segurança jurídica, qualidade, inovação, massificação, individualização, contextualização das decisões e a solução dos conflitos em si.
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