DESLOCAMENTO DO MAGISTRADO ESTADUAL: INTERESSE PÚBLICO A SERVIÇO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Abstract
A força das Organizações Criminosas pelo mundo é gigantesca, sendo que a tendência atual é que em todos os seus aspectos haja um desenvolvimento acentuado. O surgimento de diversos aparatos investigatórios nas legislações especiais é um progresso, porém o poderio dessas empresas é impressionante, e essa própria legislação processual não consegue proteger a agente dotado de jurisdição, ou seja, aquele que detém o poder-dever de julgar. Um dos principais focos dessas Organizações é o magistrado, em especial o estadual, que sofre com a constante insegurança, por meio de ameaças e atentados. Como meio de preservação da atuação do magistrado, em um devido Processo Penal Constitucional, e a integridade física e psicológica do indivíduo, entende-se necessária sua remoção, em determinados casos, para outros Estados da Federação. Tal deslocamento buscará sua justificativa junto à indefinição da expressão “interesse público”, analisando sua ligação com a dignidade da pessoa humana, e respeitando a unidade jurisdicional.References
BARREIRA, Gabriel; ELIZARDO, Marcelo. Últimos 2 PMs julgados por morte da juíza Patrícia Acioli são condenados. Disponível em: <http://zip.net/bxpZxs>. Acesso em: 02 maio 2014.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte especial 2: crimes contra a pessoa. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
BRASIL. Constituição [da] República Federativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2010.
BRASIL. Supremo Tribunal de Justiça. AgRg no AREsp 174203 SC 2012/0068109-3. In: _____. Acórdão. Relator: Min. Sérgio Kukina. Brasília, DF, 15 abr. 2013.
BREUS, Thiago Lima. Interesse Público: Um Instrumento Necessário à Concretização da Dignidade da Pessoa Humana. Revista da Academia Brasileira de Direito Constitucional, Curitiba, n. 5, p. 615-628, 2004.
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2012.
BUSATO, Paulo César. Direito Penal: parte especial 2. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. São Paulo: Malheiros, 2012.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Código de Ética da Magistratura. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/codigo-de-etica-da-magistratura>. Acesso em: 19 maio 2014.
CRIME organizado transnacional gera 870 bilhões de dólares por ano, alerta campanha do UNODC. Disponível em: <http://www.onu.org.br/crime-organizado-transnacional-gera-870-bilhoes-de-dolares-por-ano-alerta-campanha-do-unodc/>. Acesso em: 10 abr. 2014.
FERRO, Ana Luiza Almeida. Crime Organizado e Organizações Criminosas Mundiais. Juará Editora: Curitiba, 2010.
GODOY, Arnaldo Sampaio de Moraes. Construção e Desconstrução doutrinária do conceito de Interesse Público no Direito brasileiro. Revista da AGU, Brasília, ano X, n. 23, p. 7-28, abr.-jun., 2011, p. 7.
MIRABETE, Julio Fabbrini; FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 31. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
MONROY, César Alfonso Velásquez. Crimen organizado: orden divergente y vecindarios urbanos vulnerables. Disponível em: <http://www.scielo.cl/pdf/eure/v36n108/art03.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2014.
MONTIEL, Juan Pablo. Principales Rasgos Dogmáticos y Político-Criminales del Derecho Penal del Narcotráfico em Colombia. Revista Brasileira de Ciências Criminais. 2012.
NETO, Fernando Tolentino. Histórico do Crime Organizado. In: MESSA, Ana Flávia; CARNEIRO, José Reinaldo Guimarães (Org.). Crime Organizado. São Paulo: Saraiva, 2012.
SANTOS, Juarez Cirino dos. Crime Organizado. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, ano 11, n. 42, jan-mar., 2003.
SILVA, Eduardo Araújo da. Crime Organizado: Procedimento Probatório. São Paulo: Atlas, 2003.
SOARES, Luiz Eduardo; LEMOS, Carlos Eduardo Ribeiro; MIRANDA, Rodney Rocha. Espírito Santo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
Sobre o UNODC. Disponível em: <http://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/sobre-unodc/index.html>. Acesso em: 10 abr. 2014.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution [6 meses] após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) somente seis meses após a efetiva publicação na Revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).