A flexibilização da curatela para o psicopata: uma interpretação constitucional pelo Superior Tribunal de Justiça
Abstract
O objetivo deste trabalho é analisar a recente e paradigmática decisão do Superior Tribunal de Justiça em torno da possibilidade da interdição de um psicopata, que aos 16 anos assassinou, a golpes de faca, três pessoas de sua família, sendo as vítimas: o padrasto, a mãe de criação e o seu irmão de 3 anos de idade. O tema a ser decidido era extremamente difícil, eis que, de um lado, tinha sido constatado que aquele indivíduo tinha a vontade de continuar matando; de outro, existia o fato de que o psicopata não é destituído de compreensão e discernimento, o que, a princípio, afastaria o cabimento da medida. As opções da Corte eram: lavar as mãos diante da iminência de uma nova tragédia social ou buscar uma solução plausível e possível para a hipótese. Pela primeira vez, este Tribunal, de forma inovadora, adotou a tese da flexibilização da curatela.
ABSTRACT: The aim of this essay is to analyze the recent and groundbreaking decision of the Superior Tribunal of Justice (STJ), that discussed the possibility of the interdiction of a 16 year old psychopath that stabbed three people to death: the step-father, his social mother and his 3 year old brother. The decision was extremely difficult as on one hand this individual had the will of keep killing people, on the other psychopaths are capable of comprehending and discerning, making it impossible to use the interdiction. STJ’s options were to close their eyes face the imminence of another social tragedy or to seek a plausible solution. Innovating, STJ chose the thesis of the guardianship flexibilization.
Downloads
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution [6 meses] após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) somente seis meses após a efetiva publicação na Revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).