DIREITOS HUMANOS E CONSCIÊNCIA ÉTICA DA MAGISTRATURA

DIREITOS HUMANOS E CONSCIÊNCIA ÉTICA DA MAGISTRATURA

Autores

Resumo

HUMAN RIGHTS AND ETHICAL AWARENESS OF THE JUDICIARY

ÁREA(S): direitos humanos; ética geral e profissional; filosofia do direito.

RESUMO: Este artigo tem por objetivo traçar os fundamentos de uma ética judicial, demonstrando sua especial ligação com a ética dos Direitos Humanos. Está subsidiado numa pesquisa bibliográfica de natureza preponderantemente jusfilosófica, inspirada nos aportes da filosofia kantiana e nas contribuições das filosofias contemporâneas da responsabilidade. O ponto de partida é um quadro tanto de crise moral, marcado pelo desbussolamento, quanto de crise legal, revelado pela perda de eficácia de todo o ordenamento jurídico. Esse cenário coloca a magistratura numa posição de centralidade e desafia juízas e juízes a repensarem sua postura ética. Códigos de ética judicial têm procurado delinear um conjunto particular e reforçado de deveres, como os de independência, imparcialidade e honestidade. Mais do que isso, porém, têm exigido uma postura de excelência para com os outros e um comprometimento inabalável com a dignidade da pessoa humana. Por tudo isso, a magistratura assume hoje, com notável relevância, o papel de guardiã da ética dos Direitos Humanos.

ABSTRACT: This article aims to outline the foundations of a judicial ethics, demonstrating its specific connection with the ethics of human rights. It is supported by bibliographic research of a predominantly legal-philosophical nature, inspired by the contributions of Kantian philosophy and by contemporary philosophies of responsibility. The starting point is a scenario of both moral crisis – marked by disorientation – and legal crisis – revealed by the loss of effectiveness of the legal order as a whole. This context places the judiciary in a position of centrality and challenges judges to rethink their ethical posture. Judicial codes of ethics have sought to delineate a particular and reinforced set of duties, such as independence, impartiality, and honesty. Beyond that, however, they have required a posture of excellence toward others and an unwavering commitment to the dignity of the human person. For all these reasons, the judiciary today assumes, with notable relevance, the role of guardian of the ethics of human rights.

PALAVRAS-CHAVE: código profissional de conduta; consciência ética; Direitos Humanos; magistratura.

KEYWORDS: professional code of conduct; ethical awareness; human rights; judiciary.

SUMÁRIO: Introdução; 1 Consciência ética; 2 Crise da ética e do Direito; 3 Duas saídas: o saber filosófico e o Poder Judiciário; 4 Ética da magistratura; 5 A guardiã da ética dos Direitos Humanos; Considerações finais: por uma consciência ética da magistratura; Referências.

SUMMARY: Introduction; 1 Ethical conscience; 2 Crisis of ethics and law; 3 Two ways out: philosophical knowledge and judicial power; 4 Ethics of the judiciary; 5 The guardian of human rights ethics; Final considerations: for an ethical conscience of the judiciary; References.

Biografia do Autor

Felipe Rodolfo de Carvalho, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT, Cuiabá/MT, Brasil)

Professor Adjunto II da Faculdade de Direito (UFMT, Cuiabá/MT, Brasil). Doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Faculdade de Direito da USP. Realizou, como bolsista CNPq, estágio de Pós-Doutorado na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne (França). Foi Pesquisador visitante na Université de Fribourg (Suíça), na Universidad Carlos 3 de Madrid (Espanha) e na Université Catholique de Louvain (Bélgica). É Líder do Terceira Margem – Grupo de Pesquisa em Filosofia, Literatura e Direitos Humanos, bem como Coordenador da Liga Acadêmica de Minorias e Direitos (LAMIND), ambos vinculados à UFMT.

Referências

AGAMBEN, G. Pilatos e Jesus. Tradução: Silvana de Gaspari e Patricia Peterle. São Paulo: Boitempo; Florianópolis: UFSC, 2014.

ALMEIDA, M. L. B. de. Caso Rafael Braga como evidência da subcidadania e seus reflexos no sistema penal. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. 1-16, 16 maio 2021. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e25136. Acesso em: 12 jun. 2025.

ATIENZA, M.; VIGO, R. L. Apresentação do Código Ibero-Americano de Ética Judicial. In: CÚPULA JUDICIAL IBERO-AMERICANA. Código Ibero-Americano de Ética Judicial. Tradução: Rosa Maria Severino. Brasília: Conselho da Justiça Federal, 2008. p. 7-26.

ATIENZA, M. O sentido do direito. Tradução: Manuel Poirier Braz. Lisboa: Escolar, 2014.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução: António de Castro Caeiro. São Paulo: Atlas, 2009.

BARRETO, L. Os Bruzundangas. Rio de Janeiro: Jacinto Ribeiro dos Santos, 1922.

BARROSO, L. R. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. [Syn]Thesis, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p. 23-32, 2012.

BAUMAN, Z. Ética pós-moderna. Tradução: João Rezende Costa. São Paulo: Paulus, 1997.

BAUMAN, Z. Modernidade e ambivalência. Tradução: Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BAUMAN, Z. A vida fragmentada: ensaios sobre a moral pós-moderna. Tradução: Miguel Serras Pereira. Lisboa: Relógio D’Água, 2007.

BENEVIDES, M. V. de M. Educação para a democracia. Lua Nova, São Paulo, n. 38, p. 223-237, dez. 1996.

BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Tradução: Gabriel Valladão Silva. Porto Alegre: L&PM, 2019.

BITTAR, E. C. B. A teoria do direito, a era digital e o pós-humano: o novo estatuto do corpo sob um regime tecnológico e a emergência do sujeito pós-humano de direito. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 933-961, 2019.

BITTAR, E. C. B. Curso de ética jurídica: ética geral e profissional. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

BITTAR, E. C. B. Estudos sobre ensino jurídico: pesquisa, metodologia, diálogo e cidadania. 2. ed. rev., mod., atual. e ampl. São Paulo: Atlas, 2006.

BITTAR, E. C. B. Ética, cidadania e Constituição: o direito à dignidade e à condição humana. Revista Brasileira de Direito Constitucional – RBDC, n. 8, 125-155, jul./dez. 2006.

BITTAR, E. C. B. Ética, técnica e direitos humanos. Revista Brasileira de Estudos Políticos, Belo Horizonte, n. 103, p. 139-182, jul./dez. 2011.

BITTAR, E. C. B. O Direito na pós-modernidade e reflexões frankfurtianas. 2. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

BITTAR, E. C. B.; MELO, T. de. Democracia e o papel social da magistratura. Juízes para a Democracia, a. 13, n. 50, p. 3, jun./ago. 2010.

BOBBIO, N. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant. Tradução: Alfredo Fait. São Paulo: Mandarim, 2000.

BOBBIO, N. Teoria geral do Direito. Tradução: Denise Agostinetti. 3. ed. São Paulo, Martins Fontes, 2010.

BONELLI, M. da G.; OLIVEIRA, F. L. de. Mulheres magistradas e a construção de gênero na carreira judicial. Revista Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 143-163, jan./abr. 2020, p. 147. Disponível em: https://www.scielo.br/j/nec/a/TX8RfQBFq9kvDTtKHdpbS7t/abstract/?lang=pt. Acesso em: 23 fev. 2023.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 5 de outubro de 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 21 fev. 2023.

BRASIL. Lei Complementar nº 35, de 14 de março de 1979. Dispõe sobre a Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Brasília, 1979. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp35.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADO 26. Relator: Min. Celso de Mello. Julgado em: 13 jun. 2019. Publicado em: 6 out. 2020. Diário da Justiça Eletrônico, Brasília, DF, 6 out. 2020.

COELHO, I. M. Apontamentos para um debate sobre o ativismo judicial. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 5, n. 2, p. 2-22, 2015.

CARVALHO, F. R. de. Dignidade humana e ordem jurídica do desejo. In: RIBEIRO JR. et al. (org.). Amor e justiça em Levinas. São Paulo: Perspectiva, 2018. p. 27-42.

CARVALHO, F. R. de. O rosto do outro e a letra da lei: ensaio sobre uma hermenêutica jurídica da alteridade. Annales FAJE, v. 3, p. 62-71, 2018.

CARVALHO, F. R. (coord.); FRAGA, P. C. (org.). Justiça, dignidade e alteridade: ensaios de ética da vulnerabilidade e filosofia dos direitos humanos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2022.

COMPARATO, F. K. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 1999.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Código de Ética da Magistratura Nacional. Brasília, 26 de agosto de 2008. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/codigo-de-etica-da-magistratura/. Acesso em: 16 fev. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em números 2022. Brasília: CNJ, 2022. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2022/09/justica-em-numeros-2022-1.pdf. Acesso em: 20 fev. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em Números 2024. Brasília: CNJ, 2024. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2024/05/justica-em-numeros-2024-v-28-05-2024.pdf. Acesso em: 12 jun. 2025.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Perfil sociodemográfico dos magistrados brasileiros 2018. Brasília: CNJ, 2018. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/a18da313c6fdcb6f364789672b64fcef_c948e694435a52768cbc00bda11979a3.pdf. Acesso em: 23 fev. 2013.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Pesquisa sobre negros e negras no Poder Judiciário. Brasília: CNJ, 2021. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/09/rela-negros-negras-no-poder-judiciario-290921.pdf. Acesso em: 23 fev. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Pesquisa Uso da Inteligência Artificial (IA) no Poder Judiciário – 2023. Brasília: CNJ, jun. 2024. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2024/06/pesquisa-uso-da-inteligencia-artificial-ia-no-poder-judiciario-2023.pdf. Acesso em: 12 jun. 2025.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Protocolo para julgamento com perspectiva de gênero. Brasília: CNJ; ENFAM, 2021. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/10/protocolo-para-julgamento-com-perspectiva-de-genero-cnj-24-03-2022.pdf. Acesso em: 17 jun. 2025.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Protocolo para julgamento com perspectiva racial. Brasília: CNJ; 2024. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2024/11/protocolo-para-julgamento-com-perspectiva-racial-1.pdf. Acesso em: 17 jun. 2025.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução nº 305, de 17 de dezembro de 2019. Estabelece os parâmetros para o uso das redes sociais pelos membros do Poder Judiciário. Brasília, 2019. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/files/original145740201912185dfa3e641ade9.pdf. Acesso em: 22 fev. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução nº 531, de 14 de novembro de 2023. Altera a Resolução CNJ nº 75/2009 para instituir o Exame Nacional da Magistratura. Brasília: CNJ, 2023. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/5332. Acesso em: 13 jun. 2025.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução nº 615, de 11 de março de 2025. Estabelece diretrizes para o desenvolvimento, utilização e governança de soluções com recursos de inteligência artificial no Poder Judiciário. Brasília: CNJ, 2025. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/files/original1555302025031467d4517244566.pdf. Acesso em: 12 jun. 2025.

COVER, R. Derecho, narración y violência: poder constructivo y poder destructivo en la interpretación judicial. Tradução: Christian Courtis. Barcelona: Gedisa, 2002.

COVER, R. Violência e a palavra. Tradução: Maurício Pedroso Flores. Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, Pouso Alegre, v. 35, n. 2: 1-33, jul./dez. 2019.

CUNHA, P. F. da. “Zaala” ou “A consciência do juiz”: reflexões de direito & literatura a propósito de um conto de António Arnaut. In: STRECK, L. L.; TRINDADE, A. K. (org.). Os modelos de juiz: ensaios de direito e literatura. São Paulo: Atlas, p. 237-254, 2019.

CÚPULA JUDICIAL IBERO-AMERICANA. Código Ibero-Americano de Ética Judicial. Tradução: Rosa Maria Severino. Brasília: Conselho da Justiça Federal, 2008.

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo: comentários sobrea sociedade do espetáculo. Tradução: Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

DIDIER JR., F. Sistema brasileiro de precedentes judiciais obrigatórios e os deveres dos tribunais: uniformidade, estabilidade, integridade e coerência na jurisprudência. Revista do Ministério Público do Rio de Janeiro, n. 64, p. 135-147, abr./jun. 2017. Disponível em: https://www.mprj.mp.br/documents/20184/1255811/Fredie_Didier_Jr.pdf. Acesso em: 20 fev. 2023.

DWORKIN, R. O império do direito. Tradução: Jeferson Luiz Camargo. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

FERRAZ JR., T. S. O direito, entre o futuro e o passado. São Paulo: Noeses, 2014.

FIORAN, J. L. Semiótica das paixões: o ressentimento. Alfa, São Paulo, v. 51, n. 1, p. 9-22, 2007.

FORBES, J. Mundo mutante, século XXI: as identidades em crise. In: FORBES, J.; REALE JR., M.; FERRAZ JR., T. S. (coord.). A invenção do futuro: um debate sobre a pós-modernidade e a hipermodernidade. Barueri: Manole, 2005.

GARAPON, A. O juiz e a democracia: o guardião das promessas. Tradução: Maria Luiza de Carvalho. Rio de Janeiro: Revan, 1999.

GARAU, M. G. A Justiça dos modelões: reflexões sobre o uso de IA na produção de decisões e sentenças criminais. Consultor Jurídico (ConJur), 21 maio 2025. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2025-mai-21/a-justica-dos-modeloes-reflexoes-sobre-o-uso-de-ia-na-producao-de-decisoes-e-sentencas-criminais/. Acesso em: 12 jun. 2025.

GILLIGAN, C. Uma voz diferente: psicologia da diferença entre homens e mulheres da infância à idade adulta. Tradução: Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1982.

GOMES, D. O santo inquérito. 28. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

HABERMAS, J. O conceito de dignidade e a utopia realista dos direitos humanos. In: Sobre a constituição da Europa. Tradução: Denilson Luis Werle, Luiz Repa e Rúrion Melo. São Paulo: Unesp, p. 7-37, 2012.

HART, H. L. A. O conceito de Direito. Tradução: Antônio de Oliveira Sette-Câmara. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

HESPANHA, A. M. Cultura jurídica europeia: síntese de um milênio. Coimbra: Almedina, 2012.

INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – IBPT. Quantidade de normas editadas no Brasil: 36 anos da Constituição Federal de 1988 – 2024. Curitiba; São Paulo: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, 2024. Disponível em: https://ibpt.org.br/estudo-quantidade-de-normas-editadas-no-brasil-2024/. Acesso em: 18 jun. 2025.

JONAS, H. O princípio da responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto; PUC-Rio, 2006.

KANT, I. A metafísica dos costumes. 2. ed. rev. Tradução: Edson Bini. Bauru: Edipro, 2008.

KELSEN, H. Teoria pura do Direito. Tradução: João Baptista Machado. 8. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

LEVINAS, E. Autrement qu’être ou au-delà de l’essence. La Haye: Martins Nijhoff, 1974.

LEVINAS, E. La etica. In: CASADO, J.; AGUDÍEZ, P. (comp.) El sujeto europeo. Tradução: María Luisa Feliú e Santiago Jorán. Madri: Pablo Iglesias, 1990.

LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

LLOSA, M. V. A civilização do espetáculo: uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura. Tradução: Ivone Benedetti. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

LYOTARD, J.-F. A condição pós-moderna. Tradução: Ricardo Corrêa Barbosa. 12. ed. Rio de Janeiro: José Oympio, 2009.

MILÍCIO, G. Canal do STF no YouTube vira material de apoio. Consultor Jurídico, 25 out. 2009. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2009-out-25/canal-stf-youtube-vira-material-apoio-bachareis. Acesso em: 15 jan. 2023.

MONTESQUIEU. O espírito das leis. Tradução: Cristina Murahco. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

NALINI, J. R. Ética e direito na formação do juiz. In: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gabinete do Ministro-Diretor da Revista (org.). Doutrina do Superior Tribunal de Justiça: edição comemorativa 15 anos. Brasília: STJ, p. 223-234, 2005.

NALINI, J. R. Ética geral e profissional. 5. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. E-book.

NOBRE, M. Apontamentos sobre a pesquisa em Direito no Brasil. Cadernos Direito GV, v. 1, n. 1, 2005. Disponível em: http://hdl.handle.net/10438/2779. Acesso em: 17 fev. 2023.

NOVAIS, J. R. A dignidade da pessoa humana: dignidade e direitos fundamentais. 2. ed. Coimbra: Almedina, v. 1, 2018.

NUSSBAUM, M. Justicia poética: la imaginación literária y la vida pública. Tradução: Carlos Gardini. Barcelona; Buenos Aires; México D.F.; Santiago de Chile: Editorial Andres Bello, 1997.

NUSSBAUMM, M. Sem fins lucrativos: por que a democracia precisa das humanidades. Tradução: Fernando Santos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2019.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Escritório contra Drogas e Crime. Comentários aos Princípios de Bangalore de Conduta Judicial. Tradução: Marlon da Silva Malha, Ariane Emílio Kloth. Brasília: Conselho da Justiça Federal, 2008. Disponível em: https://www.unodc.org/documents/lpo-brazil//Topics_corruption/Publicacoes/2008_Comentarios_aos_Principios_de_Bangalore.pdf. Acesso em: 22 fev. 2023.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Grupo de Integridade Judicial. Bangalore Principles of Judicial Conduct. Haia, 2002. Disponível em: https://www.judicialintegritygroup.org/images/resources/documents/ECOSOC_2006_23_Engl.pdf. Acesso em: 22 fev. 2023.

OST, F. Júpiter, Hércules, Hermes: tres modelos de juez. Tradução: Isabel Lifante Vidal. Doxa. Cuadernos de Filosofía del Derecho, n. 14, p. 169-194, 1993.

OST, F. O tempo do Direito. Tradução: Élcio Fernandes. Bauru: EDUSC, 2005.

PELLUCHON, C. Éléments por une éthique de la vulnerabilité: les hommes, les animaux, la nature. Paris: CERF, 2011.

PEGORARO, O. A. Ética dos maiores mestres através da história. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2020.

PLATÃO. A República [ou Sobre a justiça, diálogo político]. Tradução: Anna Lia Amaral de Almeida Prado. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

RADBRUCH, G. Filosofia do Direito. Tradução: Cabral de Moncada. 6. ed. rev. e acresc. Coimbra: Arménio Amado, 1997.

REALE, M. Exposição de Motivos do Supervisor da Comissão Revisora e Elaboradora do Código Civil, Doutor Miguel Reale, datada de 16 de Janeiro de 1975. Anais do “EMERJ Debate o Novo Código Civil”, p. 17. Disponível em: https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/54252/exposicao_motivos_supervisor_reale.pdf. Acesso em: 21 fev. 2023.

REALE JR., M. Criação e degenerescência do ensino jurídico. Revista USP, n. 100, p. 87-96, dez./jan./fev. 2013-2014.

REIS, W. J. dos. Juiz-gestor: um novo paradigma. Revista do Instituto do Direito Brasileiro, Lisboa, a. 3, n. 8, 8697-8707, 2013. Disponível em: 2013_08_08697_08707.pdf (cidp.pt). Acesso em: 24 fev. 2023.

RODAS, S. Judiciário deve usar inteligência artificial para resumir ações e fazer minutas de decisões, diz Barroso. Consultor Jurídico (ConJur), 14 maio 2024. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2024-mai-14/judiciario-deve-usar-ia-para-resumir-acoes-e-fazer-minutas-de-decisoes-diz-barroso/. Acesso em: 12 jun. 2025.

ROSA, A. M. da. Inteligência artificial e Direito: ensinando um robô a julgar. Revista Consultor Jurídico, 4 set. 2020. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-set-04/limite-penal-inteligencia-artificial-direito-ensinando-robo-julgar. Acesso em: 24 fev. 2023.

SARMENTO, D. Dignidade da pessoa humana: conteúdo, trajetórias e metodologia. Belo Horizonte: Fórum, 2016.

SAVIGNY, F. C. von. Metodologia jurídica. Tradução: Hebe A. M. Caletti Marenco. Campinas: Edicamp, 2001.

SILVA, F. L. e; GRACIOSO, J. A ética. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2019.

SOUZA, R. T. de. Ética do escrever: Kafka, Derrida e a literatura como crítica da violência. Porto Alegre: Zouk, 2018.

STEINER, G. Lições dos mestres. Tradução: Maria Alice Máximo. 3. ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2018.

STRECK, L. L. Juiz não é gestor nem gerente. Ele deve julgar. E bem! Revista Consultor Jurídico, Senso Incomum, 8 ago. 2013. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2013-ago-08/senso-incomum-juiz-nao-gestor-nem-gerente-juiz-julgar-bem. Acesso em: 24 fev. 2023.

STRECK, L. L. O direito de obter respostas constitucionalmente adequadas em tempos de crise do direito: a necessária concretização dos direitos humanos. Hendu, v. 1, n. 1, p. 93-105, jul. 2010, p. 97. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/hendu/article/viewFile/374/601. Acesso em: 22 de fev. 2023.

STRECK, L. L. O que é isto – Decido conforme minha consciência. 4. ed. rev. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013.

STRECK, L. L. Os modelos de juiz e a literatura. In: STRECK, L. L.; TRINDADE, A. K. (org.). Os modelos de juiz: ensaios de direito e literatura. São Paulo: Atlas, p. 227-236, 2019.

STRECK, L. L. Resumocracia, concursocracia e a “pedagogia da prosperidade”. Revista Consultor Jurídico, Senso Incomum, 11 maio 2017. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-mai-11/senso-incomum-resumocracia-concursocracia-pedagogia-prosperidade. Acesso em: 24 fev. 2023.

STRECK, L. L. Um robô pode julgar? Quem programa o robô? Revista Consultor Jurídico, Senso Incomum, 3 set. 2020. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-set-03/senso-incomum-robo-julgar-quem-programa-robo. Acesso em: 24 fev. 2023.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Destaques do balanço estatístico – 19.12.2024. Brasília: STJ, 2024. Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/SiteAssets/documentos/noticias/STJ%202024%20-%20Destaques%20do%20balan%C3%A7o%20estat%C3%ADstico-19122024.pdf. Acesso em: 12 jun. 2025.

SUPIOT, A. La gouvernance par les nombres: cours au Collège de France (2012-2014). Collection Poids et Mesures du Monde. Paris: Fayard, 2015. E-book.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 6.293. Origem: DF – Distrito Federal. Relator: Min. Alexandre de Moraes. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5838900. Acesso em 23 fev. 2023.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 6.310. Origem: DF – Distrito Federal. Relator: Min. Alexandre de Moraes. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5849249. Acesso em: 23 fev. 2023.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 347. Origem: DF – Distrito Federal. Relator: Min. Marco Aurélio. Redator do acórdão: Min. Luís Roberto Barroso. Relator do último incidente: Min. Luís Roberto Barroso (ADPF-HomologProcEstrutural). Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4844125. Acesso em: 13 jun. 2025.

TRINDADE, A. K. O protagonismo judicial sob a perspectiva da literatura. In: STRECK, L. L.; TRINDADE, A. K. (org.). Os modelos de juiz: ensaios de direito e literatura. São Paulo, Atlas, p. 3-5, 2019.

TRONTO, J. Un monde vulnérable: pour une politique du care. Tradução: Hervé Maury. Paris: La Découverte, 2009.

ZARKA, Y. C. Metamorfosis del monstro político y otros ensaios sobre la democracia. Tradução: Maria Pons Irazazábal. Barcelona: Herder, 2019.

Downloads

Publicado

22-08-2025

Como Citar

CARVALHO, F. R. de. DIREITOS HUMANOS E CONSCIÊNCIA ÉTICA DA MAGISTRATURA. Revista da AJURIS - Qualis A2, [S. l.], v. 52, n. 158, p. 125–178, 2025. Disponível em: https://revistadaajuris.ajuris.org.br/index.php/REVAJURIS/article/view/1361. Acesso em: 28 ago. 2025.

Edição

Seção

DOUTRINA NACIONAL
Loading...